domingo, 25 de agosto de 2013

Dias 20 e 21 - O Raio

O aplicativo da Nike para Android que uso para monitorar minhas corridas insiste em dizer que estou em câmera lenta. É mentira, mas eu o entendo. Faço uso do Nike+ desde a época em que estava correndo sem parar, mesmo, lá em 2011. Atualmente, ainda intercalo momentos de caminhada com corrida. Mas câmera lenta é o cacete, que fique bem claro.

Na quinta-feira, dia 22, fiz pela primeira vez o treino 2/3, misturando os procedimentos da terceira e quarta semanas do programa da Men's Health. E fui bem. Corri 17 minutos. Primeiro, com tiros de 2 minutos corridos por um andado, quatro vezes. Depois, três tiros de de 3 por 2. Cansei um pouco, claro. Estava um sol de rachar e eu havia dormido menos de cinco horas, já que na quarta eu havia ficado na Folha até tarde para cobrir a derrota do Corinthians para o Luverdense.

Deu para notar, no entanto, que fiz a escolha certa ao criar o treino 2/3. Certeza que confirmei no sábado, 24, quando voltei a fazê-lo. Curiosamente, também após ter dormido cerca de cinco horas. Dessa vez, por causa do pescoção de sexta que, absurdamente, terminou às 2h40.

Mas o grande motivo de acordar cedo foi para poder ter a companhia do meu pai. O velho queria conhecer o Parque da Cidade, mas não pode tomar sol depois das 9h, por recomendação médica. Aí, dancei. Mas valeu a pena. Meu pai gostou muito do parque. Pena que teve de caminhar só na parte de cima, onde tem sombras. Esse trecho da foto. Um dos mais prazerosos de correr, por ser um platô depois de uma subida meio longa e puxada e ter uma temperatura sempre mais baixa.

Ontem, corri com a camiseta do Usain Bolt, que o amigo David Abramvezt me trouxe de Londres, de presente. Hehe. Vai ver que foi por isso que eu corri feito um raio. De acordo com o Nike+, corri sempre em 6'/Km baixos. Houve um trecho, inclusive, em que corri abaixo de 6'/km. E me senti bem, leve.

Tão bem e tão leve que decidi correr três minutos a mais no fim e totalizar 20' corridos. O último trecho, inclusive, foi um dos melhores em termos de ritmo. Estou agora aqui, na dúvida se, na próxima corrida, faço só o treino da semana 3 ou se já avanço para o da semana 4 (5X2, quatro vezes). Estou inclinado a inventar, agora, o treino 3/4. Vou pensar um pouco mais. (Nota: enquanto relia o texto, decidi que vou mesmo correr o 3/4: 4 x 3X2 + 2 X 5X2)

Para coroar um bom dia de treino, um churrasquinho com a Má e meu pai, aqui em casa, foi o merecido prêmio para quem perdeu mais um quilo e chegou a 93 :)

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Dia 19 - Bem mais além

Estou correndo. Quando me perguntarem que exercícios eu faço, posso encher a boca e dizer que corro. AND pedalo. Porra, como isso me faz bem. É tão gratificante que nem me importo com o cansaço e algumas dores inevitáveis. O mês de preparação, andando, correndo pouquinho, pedalando e fazendo dieta - aliás, preciso escrever sobre a dieta - foi fundamental para que eu chegasse aqui.

Alongamento também é outra coisa que tem em ajudado muito, juntamente com alguns exercícios de Yoga, que tenho feito em casa. Em alguns dias, o alongamento pós-treino é quase tão prazeroso quanto a corrida propriamente. Hoje foi um dia desses. Muito pela sequência musical.

Além de me apresentar o Parque da Cidade, a Mayara me fez conhecer Jorge & Mateus. No começo, roqueiro convicto, torci muito o nariz. Mas ela foi me amaciando. E de tanto colocá-los para cantar no meu carro, cantando junto, com aquele sorriso lindo e os olhos pidões que só ela tem, transformou as músicas da dupla na nossa trilha sonora, que hoje curto com orgulho de quem tem sangue caipira pereira-barretense e laços de amor com Jundiaí, onde moro atualmente.

Pois enquanto me alongava, após o treino, ouvia-se no parque "eu corro a 200 por hora, mas se é pra te ver mais cedo eu posso ir bem mais além", trecho de "Um dia te levo comigo", uma das músicas mais bonitas da dupla, que pode ser ouvida aqui no link. Correr. Ir além. Eu já estava sorrindo por ter corrido. Mas ouvir essa música fechou com chave de ouro a manhã de terça. Eu vou além. Aos pouco, mas vou.

A Mayara vai gostar de ler o que vou escrever: acho que, HOJE, gosto mais do Parque da Cidade do que do Ibirapuera. Há ali, realmente, um contato com uma natureza real, livre, extramuros, que o Ibira não pode proporcionar. Capivaras, quero-queros e até pequenos macaquinhos me assistem correr com frequência. Fora que não pago Zona Azul para estacionar. E não pego trânsito para chegar. 

Comecei do primeiro estágio do programa de corrida da Men's Heath, cuja primeira semana indica 1 minuto de corrida por 1,5 de caminhada, três vezes. Mas, na quarta perna, percebi que era pouco. Então, a partir do quinto tiro de corrida, me dei um bye para a semana 2: 2 minutos de corrida por 1 de caminhada. O que era para ser três vezes, vai ser meia vez. 

Corri por 16 minutos e andei outros 30. Foram quatro tiros de 1 minuto e seis de 2. Isso, inclusive, é mais do que eu deveria fazer se tivesse feito de cara o programa da semana dois, que previa seis tiros de 2 minutos. Me atrapalhei na conta - como sempre - e corri um tiro a mais. O que prova que estou sobrando. Mostra que realmente me preparei para começar a correr. E que posso ao menos tentar misturar a semana 2 com a semana 3 no próximo treino. 

Partirei para quatro tiros de 2 corridos por 1 andado + 3 tiros de 3 corridos por 2 andados, somando 17 minutos correndo. Só um a mais que hoje, ok. Mas o importante, nesse momento, é eu me preparar para correr por mais tempo, sem intervalos de descanso. Somar minutos correndo. Até chegar à sonhada meia-hora ininterrupta e, por consequência, aos 5k.

Corri tranquilo, sem me preocupar em fazer número, sabendo que muitos minutos ainda estão por vir. O aplicativo da Nike me daria os dados necessários após o treino. E não senti dores. Quando se faz as coisas da maneira certa, as merdas não acontecem. Bem lógico, não?

Ah, a foto do tênis? Eu sempre esqueço de tirar fotos do parque em outros pontos que não na represa, quando estou me alongando. Também, porra, a concorrência é difícil. O cenário é lindo demais. Para não ficar muito repetitivo, postei uma foto do meu Mizuno Wave Creation 12, meu grande companheiro de corridas, perfeito para minha pisada supinada.

Faltam menos de dois meses :)

domingo, 18 de agosto de 2013

Dias 17 e 18 - A Curva

Dos três meses que me separam de estar correndo 5 km, dois já ficaram para trás. Após a pausa de quatro meses, consegui me exercitar por um mês inteiro. Foram 12 sessões de treinamento: cinco corridas/caminhada, cinco pedaladas e duas partidas de futebol.

A média foi boa, a frequência nem tanto. Culpa da mudança de emprego. Para trabalhar na Folha, preciso sair um pouco mais cedo do que na época do Diário. Assim, em dias de semana, não tem dado para ir ao parque. Desse modo o calendário mostra muitas atividades amontoadas em curtos períodos de tempo, e outros espaços vazios, sem muito exercício. Mas, tudo bem. O importante é não desistir e aproveitar os dias possíveis.

Assim foi na sexta, sábado e domingo da semana que se encerrou. Na sexta, conforme o post anterior, houve uma ida ao Parque da Cidade. No sábado pela manhã, a dose foi repetida. E corri como não fazia desde 2011. Foram onze minutos.

A ideia era correr um minuto a cada nove, perfazendo seis minutos.O que era para ser o último minuto, acabou se transformando em cinco, em bom ritmo, sem cansaço extremo. Fiz esses cinco minutos quase inteiramente na parte mais plana da pista do parque, que está retratado na foto acima, ao redor do lago e do local onde as capivaras costuma deitar para tomar sol.

Já escrevi aqui sobre os meus desafios. O último que inventei foi correr de volta ao ponto inicial do parque, não importa por quantos minutos, no último tiro de um minuto. E tem mais. Se eu ultrapassasse a curva dos aeromodelos do parque, teria de fazer a volta por trás - o que daria quase dez minutos de corrida, tempo para o qual não estou preparado. Para sorte das minhas pernas, não cheguei à curva antes do minuto 59.

Foi muito bom. Cinco minutos correndo sem parar. É tão pouco para quem já corre, mas muito para o cara que quase chorou quando percebeu que até caminhar estava sendo dolorido, há cerca de um mês.

A pedalada de domingo, no entanto, sofreu consequência dos dois dias seguidos de atividade. Não senti dores, mas faltou perna. Tanto que pedalei por três quilômetros a menos que no domingo anterior. Dava para ter ido mais longe, mas preferi me poupar. E acho que fiz bem. Mais uma vez, percorri a trilha entre o Jardim Botânico e o Parque da Cidade. Muita gente estava pedalando. Parece-me que o percurso se transformou em um xodó dos jundiaienses. A foto abaixo é de um dos trechos mais bonitos da trilha, Dentro do Jardim Botânico. É um dos pontos mais altos do passeio, ideal para se sentar e tomar uma água.

Os seis quilos a menos e os onze minutos corridos no sábado decretaram: dobrei a curva. Começarei nessa semana o treino de corrida. Na terça-feira, vou tentar correr na praça da Festa Italiana, aqui perto de casa.

Para aquele treino de caminhada e corrida curta, pode servir. O único problema é que a praça fica em um aclive. Mas vou testar, assim mesmo. Se der certo, pode ser um bom paliativo para os dias em que não consigo ir ao Parque da Cidade.

Só faltam dois meses. Ou, quem sabe, até menos.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dias 15 e 16 - Evolução e Alegria

O título do post poderia, por exemplo, ser o mote de um enredo de escola de samba sobre Charles Darwin. Ou a nova frase de efeito de Neymar e seus parças. Mas não é. Trata-se do meu atual estado de espírito. Mesmo tendo ficado um tempo parado, por conta dos horários novos na Folha, fui ao parque hoje, caminhei por 55 minutos e corri por outros seis, naquele esquema gradativo que adotei.

Fazia tempo que não me sentia tão inteiro após me exercitar.

Antes de hoje, minha última sessão de exercício havia sido no dia 5. Naquela segunda, joguei futebol mais uma vez. Mais um amistoso preparatório do time do Diário. Enfrentamos o Lance. Perdemos. E, de novo, joguei mal. Mas fui melhor que na vez anterior.

No segundo tempo, recebi uma bola frente a frente com o goleiro e poderia ter feito meu primeiro gol em mais de um ano. Mas me atrapalhei, bati fraco, de esquerda, e desperdicei. Na parte física, no entanto, houve uma grande evolução. Joguei mais de 20 minutos. E só não joguei mais porque escorreguei em uma jogada e bati os dois joelhos na parede. Como doeu para caralho, aproveitei para sair do campo.

Devido a esse intervalo sem exercícios, eu estava com medo de ter perdido parte do condicionamento que havia adquirido. Mas, aparentemente, não perdi, não. O fato de 5 kg já terem ido embora, também, certamente está tornando tudo mais fácil.

Hoje, a ideia era correr um minuto a cada 11. Sinto que posso correr mais, mas tenho o inteligente receio de arriscar. Estou evoluindo bem, mesmo andando, e não quero queimar etapas. O velho clichê de não mexer em time que está ganhando. Mas que dá para correr mais, ah dá. Especilmlente no ritmo moderado que venho adotando.

No minuto 59 de hoje, que seria o último, corri até o local de encerramento do treino. Deu um minutos a mais. Na próxima ida, será um minutos a cada nove - mais o tempo necessário para chegar ao ponto de início, de novo.

Hoje, estive de folga e fui ao parque às 17h30. Nunca tinha estado lá nesse horário e gostei muito. Apesar do friozinho, havia bastante gente. Correndo, andando, empinando pipa, brincando com os filhos. O Parque da Cidade tem um astral sensacional. Escureceu cedo. Antes das 18h, já era noite.

Estar em um parque nesse horário trouxe boas memórias dos velhos tempos de Ibirapuera, quando cheguei a correr a tão sonhada meia-hora, que hoje almejo. Quem sabe não incluo o Ibira nos meus planos de exercício, novamente. Já que tenho de ir a São Paulo para trabalhar, porque não ir um pouco mais cedo? Vai entrar nos planos, certeza.

A foto de hoje é do pôr do sol visto da parte mais alta do parque. Ao lado da Praça do... Pôr-do Sol :)

domingo, 4 de agosto de 2013

Dia 14 - A mania de parametrizar tudo

Depois de uma pausa compulsória de cinco dias, devido ao começo do trabalho na Folha, barzinho de despedida do Gilvan e festa de aniversário de um ano do Pedro, voltei hoje à rotina de exercícios físicos. E, como era domingo, foi dia de pedalar pelas ruas de Jundiaí. Além do passeio em si, havia uma outra coisa me deixando louco para sair à rua: um aplicativo para smartphone.

Com essa minha mania de parametrizar tudo, ter um aplicativo GPS para me dar a rota completa ao final do exercício me parecia algo sensacional. E foi mesmo. O MapMyRide, que eu já havia usado incluindo a rota manualmente no PC, funcionou direitinho. Mapeou todos os lugares por onde passei de bicicleta e deu quilometragem - isso eu já tinha com o computador da própria bike - e uma estimativa de gasto calórico. Bacana.

O rolê durou 1h45. Foram 29,98 km até a porta de casa. Hoje, rendi muito melhor em subidas. Estou cada vez mais forte para pedalar e mais confiante de que não vou morrer antes de chegar ao(s) topo(s). Na trilha do Jardim Botânico para o Parque da Cidade, por exemplo, encarei todas as subidas. Não foi fácil, mas foi feito. Na volta dessa mesma trilha, só desmontei na subida de quase um quilômetro que leva até a ponte de madeira. Já tinha pedalado por uma hora àquela altura e sabia que ainda teria mais 40 minutos pela frente. Achei melhor economizar perna.

E a economia valeu a pena. Ter chegado em casa montado na bike foi muito legal. Tive de colocar a marcha 1 e a menor catraca do pedivela. Mas é para isso mesmo que as marchas servem, afinal.

O rolê foi do caralho. Mas passei o resto do dia cansado, pelo efeito de pedalar sob o sol. Adoro pedalar das 11h até a às 13h. Sei que parece idiota, porque é quando o sol está mais forte, mas há algo de transgressor em estar me exercitando no horário em que todo mundo está se preparando para almoçar que me deixa mais satisfeito. Pelo bem de render melhor, no entanto, vou ter de repensar isso. Especialmente a partir da primavera, que logo vai estar dando as caras.

Não sei quando voltarei a correr ou pedalar. A noite de segunda me reserva um amistoso de futebol society no magnífico horário das 23h30 - o que praticamente também inviabiliza fazer algo na manhã de terça. Possivelmente, estarei de volta ao Parque da Cidade na quarta-feira. Esse é o plano.