quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Dia 28 - Muito sol

A diferença de rendimento que tenho entre os treinos que faço à noite e os de manhã é brutal. A verdade é que nunca gostei de treinar de manhã. Sou uma pessoa que funciona melhor para tudo à medida que o dia vai passando. Graças a Deus, a profissão que escolhi acontece de tarde e de de noite. Mas, justamente por isso, o horário que me sobra para treinar é de manhã.

Na manhã de 10 de setembro, o sol em Jundiaí estava rachando. O termômetro marcava 33 graus às 10h30. E o clima estava muito seco. Mas estou naquela fase de evolução constante em que não quero perder nenhum dia de treinamento. Ainda mais porque eu estava decidido a ousar e passar de 30 minutos correndo, recorde até o momento.

Saí correndo no ritmo a que estou acostumado e senti um cansaço anormal antes dos cinco minutos. Tive que dar uma diminuída. Minha ideia era fazer três pernas de 8 minutos + uma de 12, completando 36 minutos, que é o que terei de fazer na próxima perna do programa (3x12X2).

A primeira perna de 8, após a redução de ritmo, acabou bem. Pelo aplicativo da Nike vi, inclusive, que foi o meu melhor trecho no treinamento, chegando ao ritmo de 1km/5'50". O calor parecia ter parado de me incomodar. Por isso, decidi correr 10 minutos na segunda perna. E corri.

Esses 10 minutos foram o intervalo de tempo mais longo que eu corri desde 2011. Mas o calor estava me castigando demais. Acho até que mais que o sol forte, o que realmente me incomodava eram a secura na boca e garganta. Tudo que eu queria era poder beber água. Mas, ao mesmo tempo, não queria parar em algum bebedouro e ameaçar perder o pique.

A terceira perna começou no pior trecho da pista do parque, direto na subida. Logo percebi que, se alguma perna fosse ser de 12 minutos, não seria essa. Com 5 minutos, pensei em desistir e tentar recuperar o tempo perdido em uma perna seguinte. E tive mesmo de parar de correr aos 6 minutos. Eu estava derretendo no calor, respirando de boca aberta. Logo vi que aquilo não poderia ser bom para minha evolução.

Normalmente, eu me sentiria mal por ter cortado o treino antes do tempo correto. Mas nem mesmo eu e a minha rigidez comigo mesmo seríamos idiotas a ponto de ficar putos com o que houve. A condição era extrema. Cortar o treino foi um ato prudente que mostrou-se correto.Até porque, eu vinha de uma perna de dez minutos.

A perna seguinte foi de 8. Dava para correr até os 10, para tentar chegar mais perto dos 36 que eu havia projetado. Mas não havia necessidade. Terminei o treino com 32 minutos percorridos e ultrapassei em 2 minutos meu limite do sábado de picnic. E fiquei muito próximo de correr 5 k. Devem ter faltado metros....

Mas o sol da manhã não passou impune. Em casa, senti um cansaço extremo. Ainda bem que a Má ia para São Paulo e foi dirigindo. Precisei dormir meia-hora no trajeto até a Capital antes de chegar ao trabalho. Senti uma estafa absurda. Fica a conclusão de que, sempre que possível, vou tentar correr longe do horário de pico do sol. Meu treino de 36 minutos, o próximo na programação, em 3x12X2, por exemplo, vou tentar fazer depois das 15h.

A foto de hoje é dos meus óculos, companheiros inseparáveis de corridas. Já corremos juntos mais de 200 km, com certeza. Uma singela homenagem, apenas.

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